O Ministério da Saúde mantém em curso, em todo o país, a segunda fase da campanha de intensificação da vacinação contra o sarampo, que vai até 31 de agosto. No Estado de São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou tal estratégia no dia 15/8, com o objetivo de atualizar a carteira de crianças e jovens que ainda não estão imunizados.
A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Até o dia 31 de agosto, doses estarão disponíveis em todos os postos de vacinação do Estado de São Paulo e serão aplicadas em pessoas com idade entre 1 e 29 anos que ainda não tomaram as duas doses previstas no calendário nacional de imunização. Os bebês com seis meses ou mais também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário, mas é recomendada devido à circulação do vírus no território. Pessoas de 30 a 49 anos também podem se vacinar, caso haja necessidade. Para tanto, é preciso apresentar a carteira para que um profissional de saúde avalie se é o caso de aplicar a dose.
DIA D
Neste sábado, 22, a fim de garantir que todos do grupo preconizado consigam se imunizar, a Secretaria determinou que os postos em todo o Estado promovam o Dia D de vacinação, com as salas de vacina permanecendo abertas entre 8 e 17 horas.
“Seguindo todas as recomendações de prevenção à Covid-19, é de extrema importância o comparecimento aos postos para atualização da carteira vacinal. A vacina é a maior prevenção contra diversas doenças, inclusive o sarampo”, afirmou a diretora de Imunização da pasta, Nubia Araujo.
O calendário nacional de vacinação prevê a aplicação da tríplice viral aos 12 meses e também aos 15 meses para reforço da imunização com a tetraviral, que protege também contra a varicela. Além disso, há a “dose zero” para os bebês com seis meses de vida ou mais. As equipes de vacinação estão orientadas a fazer triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a dose feita sem esse componente.
O Programa Estadual de Imunização prevê que crianças e adultos, com idade entre 1 ano e 29 anos, devem ter duas doses da vacina contra o sarampo no calendário. Acima desta faixa, até 60 anos, é preciso ter uma dose. Não há indicação para pessoas com mais de 61 anos, pois esse público potencialmente teve contato com o vírus no passado, possuindo imunidade por toda a vida. Portanto, não há recomendação para este público na diretriz do Ministério da Saúde.
A vacina é contraindicada para bebês com menos de 6 meses, bem como para pessoas imunodeprimidas e gestantes. As pessoas que tiverem dúvidas quanto à imunização adequada devem procurar um posto, com a carteira vacinal em mãos, para que um profissional de saúde verifique a necessidade de atualização.
BALANÇO
O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual realiza monitoramento contínuo da circulação de doenças. Em 2020, até 13 de julho, 83 cidades teriam registrado casos de sarampo, segundo o departamento, totalizando 711 casos confirmados e um óbito, de uma criança na cidade de São Paulo. Em 2019, foram 17.676 casos e 14 mortes.
A imunização contra o sarampo faz parte da rotina dos postos. De janeiro até julho foram aplicadas no Estado 1 milhão de doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). A cobertura foi superior a 90% na última campanha.
