Pressionado pelos governadores de diversos estados brasileiros, que em reunião nesta semana questionaram o ministro Eduardo Pazuello sobre a ausência de um plano de imunização contra a Covid-19; e também pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona a pasta sobre a mesma ausência de iniciativas; o Ministério da Saúde divulgou nesta semana o que considera o início de ações para combate da pandemia no país.
Em material divulgado à imprensa, divulgou-se que um plano já está pronto em documento que ainda seguirá para revisão técnica antes de ser apresentado à população brasileira e ao STF. “O plano de imunização contra a Covid-19 será apresentado aos brasileiros em breve, em evento”, informa, laconicamente, o material.
Na quarta-feira, 9, o ministro Eduardo Pazuello recebeu o documento e salientou: “É importante informar que o plano está estruturado, mas pode sofrer alterações à medida em que os ensaios clínicos das diferentes vacinas sejam concluídos, as mesmas sejam registradas na Anvisa, incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e adquiridas. Temos uma equipe extremamente qualificada trabalhando neste material há mais de 3 meses e que seguirá nesta missão enquanto estivermos vacinando a população, observando sempre a curva epidemiológica e a oferta de novos imunizantes. Assim, garantiremos um serviço de excelência aos brasileiros”, explicou o ministro.
O plano foi elaborado pela mesma equipe de especialistas, colaboradores convidados e técnicos que vêm assessorando o governo federal, composta por integrantes do Ministério e de diversos serviços de vigilância em saúde do país. Os eixos prioritários que guiam o material são: situação epidemiológica, atualização das vacinas em estudo, monitoramento e orçamento, operacionalização da campanha, farmacovigilância, estudos de monitoramento pós marketing, sistema de informação; monitoramento, supervisão e avaliação; plano de comunicação; encerramento da campanha.
As fases do plano preliminar priorizam grupos que levam em conta informações sobre nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais, repetindo informações já divulgadas há cerca de duas semanas: na primeira fase, a prioridade seria de profissionais da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena. Em um segundo momento, pessoas de 60 a 74 anos. Na terceira fase deverão ser imunizadas pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como diabéticos, cardiopatas, pneumopatas e portadores de doenças renais crônicas, entre outras). A quarta e última fase deverá priorizar professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
Como divulgou inicialmente que o plano será apresentado “em breve” para a população, naturalmente o Ministério não informou o cronograma para que todo o processo seja instaurado.