
A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) apresentou na segunda-feira, 5 de maio, na Câmara dos Deputados, em Brasília, sua Indicação nº 1227/2025 pela qual sugere que os beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) sejam notificados individualmente pelo Ministério da Previdência sobre as fraudes ocorridas entre 2019 e 2024 e que desviaram R$ 6,3 bilhões de pelo menos 4 milhões de pessoas no Brasil, entre aposentados e pensionistas. O documento exige que o novo chefe da pasta, Wolney Queiroz, execute medidas emergenciais para informar cada um dos beneficiários sobre os descontos sindicais, para que possam, inclusive, ser cancelados, caso não tenham sido autorizados. A comunicação deve partir do INSS seja por telefone, e-mail, carta-registrada ou busca ativa.
Há cerca de duas semanas, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) fizeram uma operação em 13 estados e no Distrito Federal contra fraudes no INSS. Segundo as investigações, as entidades investigadas cobravam mensalidades de aposentados e pensionistas, sem autorização. Em meio ao escândalo, o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão na sexta-feira, 2/5. Para o lugar do pedetista, o presidente Lula (PT) nomeou o número dois da pasta. O INSS também teve o comando trocado pelo governo federal com a entrada de Gilberto Waller Júnior.
“O coitado do aposentado e do pensionista é quem devem correr atrás do prejuízo? Isso está errado! A obrigação é do INSS, do governo Lula. É preciso que seja adotada uma estratégia de comunicação individualizada. Muitos desses cidadãos enfrentam barreiras tecnológicas, não acessam regularmente os bancos digitais e, mesmo quando o fazem, têm dificuldade de compreender o significado das informações lançadas nos extratos”, complementa a liberal.
O documento foi enviado para análise dos dirigentes do INSS.