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Coronavírus impede celebrações pelo feriado do Dia do Trabalhador em todo o mundo

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Tradicionais mobilizações não devem ocorrer por causa do coronavírus

Nesta sexta-feira, dia 1º de maio, é celebrado o Dia do Trabalhador, data dedicada aos movimentos de valorização da força do trabalho em boa parte do mundo, inclusive no Brasil, onde é feriado nacional.
Data na qual sindicatos e outras entidades que congregam categorias promovem diversas manifestações, às vezes de cunho político e outras em tom festivo, neste ano, no entanto, a tradicional mobilização não deverá ocorrer em razão das medidas de combate à pandemia do corovonírus (Covid-19), que impõem, principalmente, recomendações e proibições em relação à aglomeração de pessoas. A situação, inclusive, deverá se repetir em diversos países onde a data é celebrada.
Historicamente, ela remete ao ano de 1886 e à cidade de Chicago, nos Estados Unidos. Relatos da época mostram que, nessa data, trabalhadores foram às ruas para protestar contra uma jornada diária exaustiva, que podia chegar até 17 horas, e reivindicação de melhores condições de trabalho. No mesmo dia, todos os trabalhadores norte-americanos realizaram uma greve geral no país. As manifestações ficaram conhecidas como a Revolta de Haymarket.
À medida em que o movimento era rechaçado com truculência pela polícia, os manifestantes se avolumavam ainda mais, dando maior importância à data.
Como consequência dessa exacerbação, a França decretou 1º de maio como feriado nacional e reduziu a jornada de trabalho para 8 horas. Logos após, diversos países passaram a tomar a mesma medida, dentre eles, o Brasil.
Nos Estados Unidos a data é celebrada anualmente na primeira segunda-feira do mês de setembro. Apesar de o feriado ser reconhecido em 1894, a redução da jornada de trabalho para 8 horas foi efetivada em 1890.

NO BRASIL

As primeiras manifestações trabalhistas no Brasil ocorreram em 1891, nas principais cidades da época, Rio de Janeiro e São Paulo. Com o passar dos anos, as pessoas passaram a se reunir por todo o país no dia 1º de maio, realizando discursos, apresentações musicais, passeatas e outras atividades.
Em 1910, com o surgimento do Movimento Operário no país, os protestos se intensificaram e, no ano de 1917, aproximadamente 50 mil pessoas paralisaram o trabalho em São Paulo.
Por fim, em 26 de setembro de 1924, a data foi oficializada no Brasil pelo presidente Arthur da Silva Bernardes. Já nas décadas de 1930 e 1940, o presidente Getúlio Vargas passou a utilizar o 1º de maio não apenas para homenagear os trabalhadores, mas como também para divulgar mudanças e benefícios trabalhistas através da instituição de leis; podendo ser citado como exemplo a legislação sobre o salário mínimo, que até há bem pouco tempo era sancionado e divulgado sempre num 1º de maio. Atualmente, os governantes brasileiros fazem tal anúncio em janeiro.
Até o fechamento desta edição, na quarta-feira, 29, apenas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em um boletim, havia divulgado alguma programação alusiva à data: a entidade promoverá sua “Live do Trabalhador”, com apresentação de mais de 30 atrações artísticas, com a presença de Leci Brandão, Paulo Miklos, Fábio Assunção, Gregório Duvivier, entre outros.
O “1º de Maio Solidário em casa” poderá ser acessado pelas principais redes sociais da CUT, a partir das 11h30 desta sexta-feira, dia 1º.