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Ainda sem ministro da Saúde, governo edita protocolo sobre uso da cloroquina e vê recorde de mortes por coronavírus

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Teich ficou menos de um mês no cargo

Menos de um mês depois de ter assumido o cargo de ministro da Saúde, Nelson Teich deixou o posto na sexta-feira da semana passada, dia 15. Ele havia assumido o cargo de ministro no dia 17 de abril, no lugar de Luiz Henrique Mandetta, demitido da pasta por discordâncias com o presidente em relação às políticas de isolamento social.
Sem declarar abertamente seus motivos, Teich também teria enfrentado discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro, como a cautela do ministro quanto ao uso da cloroquina no tratamento da Covid-19.
Passada uma semana sem a nomeação de um novo ministro titular, as ações da pasta têm sido comandadas interinamente pelo general Eduardo Pazuello que, após apenas cinco dias no posto, atendeu aos pedidos do presidente, criando um protocolo para uso da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com o coronavírus. O protocolo foi divulgado na quarta-feira, 20, e sugere a combinação dos dois medicamentos com azitromicina, inclusive em pacientes com sintomas leves.

TERMO DE CONSENTIMENTO

Apesar de pesquisas não comprovarem a eficiência da droga, sociedades médicas do Brasil recomendam não usá-la até e também a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) reforçou que desaconselha a aplicação.
Segundo o protocolo, “a prescrição de todo e qualquer medicamento é prerrogativa do médico”. O texto também informa que o paciente terá de assinar termo de consentimento a respeito da aplicação de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento. O termo indica que “a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais”, citando disfunção cardíaca e alterações visuais, por exemplo.
O crescente número de casos da Covid-19 no Brasil registrou no início desta semana a marca recorde de 1.179 mortes no período de 24 horas, entre a segunda-feira, 18, e a terça-feira, dia 19.

Pazuello atendeu ao
pedido do presidente