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Zoonozes de Barueri promove ações para controle e prevenção da ‘doença do gato’

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A doença ataca animais e seres humanos e a cura exige tratamento adequado e paciência  - Foto: Lourivaldo Fio/Secom/PMB

O Departamento Técnico de Controle de Zoonoses (DTCZ), órgão ligado à Secretaria de Saúde da Prefeitura de Barueri, vem desenvolvendo – nas últimas semanas – ações que visam o controle e a prevenção da esporotricose, micose profunda causada por um fungo encontrado em troncos e jardins e que pode afetar tanto animais (principalmente o gato), quanto seres humanos.
O gato é mais suscetível à doença e a adquire quando entra em contato com o fungo da espécie Sporothrix schenckii, presente no solo, palha, vegetais, espinhos, madeira etc. Uma vez que ele se contamine, por ter o costume de arranhar troncos e cavar a terra (isso ocorre também com os caninos), o fungo permanece em suas unhas e pode ser transmitido para outros animais e seres humanos por meio de arranhões e mordidas (cães e gatos lambem as próprias patas). Por isso, a doença também é popularmente conhecida como “doença do gato” ou até mesmo “doença do jardineiro”, já que pessoas podem adquirir a doença ao sofrer acidentes de jardinagem ou por mordeduras ou arranhaduras provocadas por animais doentes.
Os primeiros sintomas que aparecem em cães e gatos são lesões na pele (caroços ou feridas) que não cicatrizam. Sem tratamento adequado, essas feridas tendem a piorar e o animal pode até morrer. Já nas pessoas, os sintomas mais comuns são pequenos caroços que surgem em braços ou pernas. Em casos mais graves, quando a imunidade da pessoa está comprometida, ela pode desenvolver quadros de pneumonia ou meningite.
Por todas essas razões, o DTCZ de Barueri vem se empenhando em descobrir novos casos da doença na cidade e alertar a população sobre os perigos da esporotricose. De 2019 a maio de 2024 em Barueri, segundo o setor, foram diagnosticados 149 gatos e dois cães com a doença. A maior parte dos casos foi identificada no bairro do Engenho Novo. Porém, há focos isolados em outras regiões do município.

PREVENÇÃO É A CHAVE

A doença é transmitida principalmente durante brigas entre os animais que disputam território ou estão em período de reprodução. Castrar o animal e criar barreiras e métodos que o impeçam de sair de casa são as melhores formas de prevenção.  Informações sobre as campanhas de castrações sem custos pela Prefeitura podem ser obtidas pelo telefone 4198-0819.
Se o tutor suspeitar que seu animal está com a doença, é preciso entrar em contato com o DTCZ de Barueri pelo número (11) 4198-5679, setor que promove o diagnóstico gratuitamente. Já quem perceber animais em situação de rua com ferimentos suspeitos, a orientação é requerer o recolhimento deles junto ao Centro de Proteção ao Animal Doméstico (Cepad II), pelo telefone (11) 4706-3953.
A esporotricose, tanto em animais quanto em seres humanos, tem cura, mas ela exige tratamento adequado e paciência, pois pode ser difícil, principalmente dependendo do estado em que a doença está. O processo de cura envolve antifúngicos e outros medicamentos prescritos e deve ser completo e sem interrupções para que se alcance bons resultados.