Diversas organizações de saúde vêm divulgando, nos últimos meses, a vertiginosa queda no número de doadores de sangue, situação ainda agravada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), fazendo com que os estoques nos bancos especializados cheguem a níveis alarmantes. Números atribuídos à Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que apenas 16 a cada mil brasileiros são doadores de sangue, o que representa 1,6% do total da população, quando o número ideal seria 5%. As medidas de isolamento social e o medo que as pessoas têm de contrair o vírus fizeram com que a queda nos estoques fosse ainda maior.
A própria Covid-19, em casos mais graves, por exemplo, leva o paciente a complicações que podem determinar a necessidade de transfusão de sangue.
Pensando em recuperar parte desses estoques, a Roche e a organização sem fins lucrativos SAS Brasil, junto do Hemocentro São Lucas, uniram-se para criar e levar um banco de sangue móvel a diversos pontos da Grande São Paulo nos meses de julho e agosto. O objetivo é incentivar as pessoas e melhorar os estoques dos hemocentros por meio de doações feitas de forma segura para todos e mais cômoda para o doador.
OPERAÇÃO
Para garantir que tudo seja feito dentro dos protocolos vigentes e evitar aglomerações, as doações acontecem com horário agendado por WhatsApp. O cadastro é realizado na parte externa da carreta, em salas separadas e com uma pessoa por vez, para permitir a realização de triagem e identificar possíveis infectados por Covid-19. As cadeiras para coleta ficam a 1,5m de distância entre elas e há fluxos para não ter circulação cruzada, como entrada e saída independentes, evitando ao máximo contato físico. Todos, funcionários e doadores, devem estar de máscara. O lanche após a doação é oferecido na parte de fora da unidade móvel, que é frequentemente higienizada. O Hemocentro São Lucas, responsável pela coordenação técnica da ação, tem um protocolo para que as coletas ocorram dentro do padrão de qualidade e segurança exigidos.
Para doar sangue os candidatos precisam ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam estar acompanhados do responsável), pesar no mínimo 55 quilos, estar em bom estado de saúde e levar documento oficial com foto no momento da doação. Em relação ao coronavírus não podem doar pessoas que apresentem sintomas como tosse, febre e dores no corpo. Quem teve contato com pessoas infectadas deve aguardar 14 dias para fazer a doação. Já quem foi curado da doença deve esperar 30 dias para doação. Para saber sobre pré-requisitos mais específicos é disponibilizado o site http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue
NA REGIÃO
Desde a quinta-feira da semana passada, dia 23, a carreta tem percorrido diversos bairros da Capital paulista e também municípios da Grande São Paulo.
Na região Oeste, duas cidades estão no roteiro do serviço, com visitas programadas para o mês de agosto: nos dias 10 e 11/8 (segunda e terça-feira), o atendimento será feito em Barueri, defronte ao 22º Batalhão do Exército, na estrada Velha de Itapevi, s/n, km 29, Fazenda Militar. A outra visita da carreta está marcada para os dias 24 e 25/8 (segunda e terça-feira) em Osasco, em frente ao 2º Batalhão do Exército, na rua Raul Lessa, 52, Jardim Aliança.
O agendamento para doação de sangue na carreta itinerante deverá ser feito pelo WhatsApp: (11) 95897-1046, das 8 às 20 horas, também aos finais de semana. O horário de coleta é entre 8 e 16 horas, sendo que o último cadastro será realizado às 14 horas.