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Estado recua oito regiões e mantém Região Metropolitana na fase amarela do Plano SP

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Arte: Plano SP

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira, 15, uma nova reclassificação das cores do Plano São Paulo, que determinam medidas mais ou menos restritivas nas regiões do Estado, como forma de combater a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

De forma geral, Doria anunciou a regressão de oito regiões do Estado em relação ao que vinham cumprindo até então. A pior delas ficou para a região de Marília, que vai para a fase vermelha do Plano SP; o que impõe aos municípios que a compõem a suspensão de atendimento presencial em comércios e serviços não essenciais a partir de segunda-feira, dia 18.

O aumento de casos, internações e mortes por Covid-19 deixa outras dez regiões na fase laranja, a segunda mais restritiva na estratégia de contenção da pandemia. A Grande São Paulo, onde se incluem as cidades da Região Oeste (Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus); e outras cinco áreas; continuam na etapa amarela.
“É uma medida preventiva e extremamente necessária neste momento para proteger vidas dos brasileiros em São Paulo. Há uma indicação clara que a pandemia acentuou essa segunda onda em nosso país. Nós temos que tomar medidas de cautela e prevenção para proteger vidas. É muito importante que a população tenha consciência disto. A situação vem se agravando a cada semana”, disse Doria.
A nova orientação já era praticamente conhecida de todos desde a quarta-feira, 13, quando houve recomendação nesse sentido por parte de médicos e cientistas do Centro de Contingência do coronavírus. Em princípio, o remanejamento ocorreria no dia 5 de fevereiro, mas o governo do Estado pretende determinar mudanças a qualquer tempo em caso de alerta nos índices de contágio.

CADA UMA DAS DRS

Com a regressão para a fase vermelha, 62 municípios do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Marília só podem permitir o funcionamento de atividades essenciais como farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria. Comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.
As regiões de Araçatuba, Bauru, Franca, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Taubaté, que estavam na fase amarela, regridem para a etapa laranja, que também continuará em vigor nas áreas de Presidente Prudente, Registro e Sorocaba. Agora, na etapa amarela, estão a Grande São Paulo e as regiões de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Campinas e São João da Boa Vista.

CADA COR DO PLANO

Com a revisão de critérios anunciada no último dia 7, a comercialização de bebidas alcoólicas no comércio varejista só pode ocorrer entre 6 e 20 horas nas fases vermelha, amarela e laranja. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que a venda de bebidas poderá ser feita sem qualquer tipo de restrição.
Na fase laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade e encerramento às 20 horas. O consumo local em bares está totalmente proibido.
A fase amarela permite 40% de ocupação para atividades não essenciais, com expediente de até dez horas diárias para restaurantes e 12 horas para as demais. O atendimento presencial deve ser encerrado às 22 horas em todos os setores. Nos bares, as portas devem fechar ao público mais cedo, às 20 horas. Eventos que geram aglomeração, como festas, baladas e shows continuam proibidos.
O Centro de Contingência também recomendou que todos os 645 municípios paulistas endureçam regras para reuniões de trabalho em locais fechados, como limite máximo de 25 pessoas e distanciamento mínimo de 1,5 metro. Eventos sociais e familiares também devem ser evitados devido ao recrudescimento da pandemia. O uso de máscaras em todos os locais de acesso público é obrigatório.

43 CIDADES EM ALERTA

O governo do Estado também colocou em alerta 43 cidades que, independentemente da classificação de suas regiões, estão com ocupação hospitalar de pacientes graves com coronavírus acima de 80%. A recomendação é que as prefeituras determinem a restrição total de atividades não essenciais para aliviar a pressão sobre hospitais públicos e particulares. Dessas cidades, apenas uma da região Oeste está listada: Carapicuíba.

Todas as demais são: Américo Brasiliense, Amparo, Apiaí, Areias, Artur Nogueira, Avaré, Bauru, Birigui, Caçapava, Cruzeiro, Embu das Artes, Fernandópolis, Ferraz de Vasconcelos, Franca, Franco da Rocha, Ilha Solteira, Itapecerica da Serra, Itapetininga, Itaquaquecetuba, Itatiba, Jacareí, Mairiporã, Marília, Matão, Mogi das Cruzes, Novo Horizonte, Ourinhos, Paulínia, Pederneiras, Porto Feliz, Presidente Prudente, Promissão, Santa Cruz do Rio Pardo, São Manuel, Serrana, Socorro, Sorocaba, Tatuí, Taubaté, Tupã, Valinhos e Votuporanga.

O resumo com as informações sobre a reclassificação do Plano São Paulo e os indicadores epidemiológicos e de capacidade hospitalar de cada região estão disponíveis no link https://bit.ly/3bQ4Ps6 ou pelo site www.saopaulo.sp.gov.br/planosp/.

Uma nova reclassificação do Plano São Paulo está prevista para a próxima sexta-feira, dia 22 de janeiro.

Doria anunciou possível nova reclassificação para a próxima semana (Foto: Governo do Estado de São Paulo)