O dentista e político osasquense Dr. Alexandre Bussab divulgou nesta semana que, seguindo os passos de seu líder, o presidente da República, Jair Bolsonaro, também se desfiliou do PSL.
Bolsonaro tomou tal atitude no final do ano passado, depois de se confrontar com a direção nacional da legenda que lhe serviu para a eleição à presidência em 2018.
PELA ‘ALIANÇA’
Também conforme decisão adotada pelo presidente da República, Bussab disse que estará empenhado na formação do novo partido “Aliança pelo Brasil”, que Bolsonaro tenta e garante que terá formalização aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apresentar candidatos já nesta eleição de 2020.
CASA FECHADA
No caso do osasquense, ele detinha a liderança e o comando do PSL na cidade, bancando inclusive as despesas para manutenção de sua sede. Com sua desfiliação, ele também adianta que a casa do agora ex-partido ficará fechada, logicamente cabendo a quem permanecer na legenda tomar novas providências para seu restabelecimento.
‘ARTICULAÇÕES SUJAS’
Em nota distribuída por sua assessoria, Bussab justifica a decisão: “Não sou conivente com a velha política (…) durante minha presidência, nós não usamos Fundo Partidário e todas as despesas dessa casa foram pagas sem que viesse um centavo da [direção] estadual. Agora percebo que nossos esforços serão jogados fora por causa de articulações políticas sujas. Não aceito e não vou participar disso!”, disse o dentista.
LIDERANÇA QUESTIONADA
Alexandre Bussab certamente está se referindo ao cenário em que o partido está envolvido no âmbito nacional, com denúncias de desvios do Fundo Partidário, dentre outras.
Mas no âmbito municipal, Bussab também enfrentou senões no ano passado, com algumas pessoas questionando sua liderança que, em algum momento, chegou a ser ameaçada pelo deputado federal por Cotia, Alexandre Frota, hoje também fora do PSL e filiado ao PSDB.
CORRIDA CONTRA O TEMPO
Na época, especulava-se que Frota pudesse ter algum interesse eleitoral em Osasco, transferindo-se para a cidade e “roubando” naturalmente a cena encabeçada por Bussab. Isso não aconteceu… pelo menos por enquanto.
O problema do osasquense, agora, é ajudar na formação do partido a tempo de que ele possa se filiar o mais rapidamente possível. Caso contrário, terá de procurar outra legenda.
AS OPÇÕES
Mas por que essa pressa? Ora, a especulação em torno da eventual candidatura de Bussab à Prefeitura de Osasco também circula por aí. Caso tenha em mãos a “Aliança pelo Brasil”, poderá desfrutar do apoio da família Bolsonaro numa candidatura desse porte.
Caso tenha de se filiar a outra legenda, poderá não ter o mesmo espaço e, eventualmente, lançar-se candidato a vereador…ou nem sair candidato a nada!
NÃO SEM RAZÃO
Essa última possibilidade, de não se candidatar, é a mais difícil de acontecer.
Em 2018, Alexandra Bussab candidatou-se ao cargo de deputado estadual e, mesmo atuando ao lado do “fenômeno” Bolsonaro, teve pouco mais de 18 mil votos e não obteve sucesso.
Ele não estaria fazendo toda essa movimentação para não sair candidato a nada, certo?
DINHEIRO DEVOLVIDO
O presidente da Câmara Municipal de Santana de Parnaíba, vereador Nilson Cadeirante (Pode), também divulgou nesta semana que o Legislativo sob seu comando devolveu recursos da ordem de R$ 1,4 milhão aos cofres da Prefeitura no final do ano passado.
A MAIOR, EM 10 ANOS
Tais recursos são repassados pela Prefeitura mês a mês (o chamado duodécimo) para custeio da Câmara Municipal que, em casos como esses, de economia, acabam retornando aos cofres municipais. Cadeirante afirma que é a maior devolução de recursos feita em Parnaíba nos últimos dez anos e que “isso só foi possível graças a uma política austera de contenção de despesas”.
VALOR CORRIGIDO
Essa devolução de recursos por parte do Legislativo parnaibano segue o exemplo do que também aconteceu em Osasco no final de 2019. O presidente da Câmara osasquense, vereador Ribamar Silva (sem partido), chegou a afirmar que a devolução seria em torno de R$ 10 milhões, mas depois esse valor foi corrigido e os cofres da Prefeitura receberam de volta algo perto de R$ 7,8 milhões.
Continua sendo um valor considerável…
ASSUMINDO A CAUSA
Mas a maior comemoração de Ribamar não se ateve somente à possibilidade de devolução de tanta grana, e surgiu nesta semana quando o prefeito Rogério Lins (Pode) anunciou que a municipalidade osasquense irá assumir a responsabilidade – e os gastos – pela continuidade e término das obras do novo Fórum (ver matéria nesta edição).
COMPONDO A VERBA
Segundo o próprio Ribamar, ele e os demais vereadores teriam pedido – e recebido sinalização positiva – para que o prefeito utilizasse cerca de R$ 5 milhões (daquela devolução de R$ 7,8 milhões) para compor a verba a ser gasta com essa obra.
“O Poder Legislativo entende a importância da reestruturação do novo Fórum e, por isso, pediu a realocação desses recursos”, explicou o presidente Ribamar.
Taí um dinheiro que pode, finalmente, ser bem gasto…