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CONTINUA ‘QUENTE’

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CONTINUA ‘QUENTE’

Em razão da não publicação desta coluna na semana passada, não se pôde divulgar aqui neste espaço a notícia quente daquele momento, que foi a prisão do ex-prefeito de Araçariguama, Carlos Aymar.
Como a notícia não “esfriou”, pelo contrário, até “esquentou”, então o assunto não ficou velho, não!

DENTRO DA PREFEITURA

Lá vamos nós! Aymar foi preso na segunda-feira, 14, pela Polícia Civil. Um flagrante foi armado para que ele recebesse cerca de R$ 14 mil numa sala dentro da Prefeitura, dinheiro provavelmente originado como pagamento de propina de uma empresa habitacional que estava sendo coagida, para ver aprovados seus projetos na cidade.

APENAS A ‘ENTRADA’

O dinheiro foi encontrado dentro de uma sacola plástica nessa sala onde Aymar teria atendido o representante da empresa e, junto com ele, acabou preso também em flagrante o secretário de Governo. De acordo com denúncias e as investigações, a propina seria bem maior: cerca de R$ 2 milhões. Essa ninharia de R$ 14 mil era apenas uma espécie de entrada; assim como uma demonstração de “boa fé” da cooperativa habitacional.

PRISÃO PREVENTIVA

Aymar, que já teve outros problemas com a polícia, no passado, acabou preso preventivamente, aquele tipo de prisão que não especifica data para sua eventual soltura. Sua defesa tem alegado que o flagrante foi forjado, portanto sem valor legal para a prisão.
A briga apenas começou na Justiça.

INDICIADO

E o que foi que “esquentou”? Ah…na quinta-feira da semana passada, dia 17, Aymar foi indiciado no inquérito policial e, tanto ele como o secretário irão responder por organização criminosa, usurpação da função pública e corrupção passiva.

POR DEBAIXO DOS PANOS

Achou pouco? Lili Aymar (PV), a esposa de Carlos Aymar, é a atual prefeita de Araçariguama. Desde a prisão do marido, ela vem se debatendo para afirmar e comprovar que não é verdade a afirmação de que ele tinha uma sala para atendimento dentro da Prefeitura e muito menos que ele é o prefeito na prática da cidade, tomando as decisões por debaixo dos panos.

FORA DO CARGO

Pois é! Justamente por acreditar nessas informações, a Justiça de São Roque (Comarca que comanda a região de Araçariguama) determinou na sexta-feira, 18, que a prefeita Lili fosse afastada do cargo. O juiz Roge Naim Tenn acatou os argumentos do Ministério Público (MP), de que Aymar realmente funcionava como o verdadeiro prefeito.
Numa decisão surpreendente, o magistrado chegou a determinar até o prazo que Lili deve ficar afastada, ou seja, por seis meses.

JÁ ESTÁ EXONERANDO

É lógico que a prefeita irá recorrer…é seu direito.
Na metade deste ano ela já foi afastada do cargo por decisão dos vereadores, mas recuperou a cadeira na Justiça.
Mas…quer mais “calor” para a notícia? O vice-prefeito João Batista Damy Corrêa Júnior, o Joca (MDB), que assumiu o posto logo depois da decisão judicial, já no início desta semana exonerou vários secretários municipais nomeados por Lili e começou a montar sua equipe de trabalho.
Também está no direito dele…
Vamos aguardar os próximos – e “quentes” – capítulos.

VAI PARA ONDE?

O presidente da Câmara Municipal de Osasco, vereador Ribamar Silva, atualmente sem partido, tem brincado bastante, principalmente com integrantes da imprensa que acompanham as sessões do Legislativo, sobre seu futuro político em relação a qual partido irá se filiar, depois de ter deixado o PRP há alguns meses.

SAÍDA EM BLOCO

Naquele momento, a saída de Ribamar do partido virou notícia pois, além dele, diversas outras lideranças, dentre as quais outro vereador, Daniel Matias, saíram em bloco do PRP depois de o partido ter sido incorporado pelo Patriota. A alegação é que a nova legenda não cumpria com as propostas anteriormente estabelecidas pela antiga legenda.

NEM CONFIRMA, NEM DESMENTE

Depois disso, valorizando o próprio passe como lhe é de direito, Ribamar começou a fazer joguinhos, insinuando que poderia rumar para esse ou aquele partido. Foram citados, ora por ele mesmo, ora respondendo a perguntas dos jornalistas, cerca de cinco ou seis legendas como possível destino, que ele sempre fez questão de nem confirmar, nem desmentir.

MAIS SÉRIO

Como a maioria dos colegas de imprensa entrou no jogo dele, o moço acabou ganhando maior notoriedade.
O que pode acontecer no meio disso tuto é que, enquanto brinca com a imprensa, ele deve estar assumindo seus compromissos com dirigentes partidários dessas legendas com que vem mantendo contato e, já, já, alguém deve começar a cobrá-lo por um posicionamento mais sério.

CONVERSAS E ENCONTROS

E parece que isso deve acontecer nos próximos dias. Depois de encontros com a cúpula do PSD, inclusive com o presidente nacional do partido, ex-prefeito e ex-ministro Gilberto Kassab; parece que Ribamar começa a delinear – de verdade – o perfil para o rumo que deve seguir.
Lau Alencar, atual secretário municipal da Prefeitura de Osasco e presidente local do PSD, tem sido o principal articulador dessas conversas e encontros que, neste momento, parecem estar dando certo.
Até porque, Kassab não deve ser daqueles que irá aceitar brincadeirinhas de quem quer que seja na hora de tomar decisões…

OUTRO CAMINHO

Ah…já o outro vereador, Daniel Matias, que não ganhou tanta notoriedade assim pelo mesmo assunto, não deve seguir o mesmo caminho do colega Ribamar. Até então, acreditava-se que, depois que o ‘blocão’ deixou o PRP, todos fossem, também em conjunto, para o mesmo partido escolhido.
Dizem as boas e más línguas que Mathias e os demais estão perto de se acertarem com o Progressistas (PP).

VITÓRIA

Nesta semana, grande parte da classe política, principalmente àquela ligada ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), comemorou a aprovação em definitivo, no Senado, da reforma da Previdência, tão debatida nos últimos oito meses.
Independente das discussões, das quedas de braço, do que o governo teve de ceder ou não para ver aprovada a reforma, não dá para negar se tratar de uma grande vitória do governo logo em seu primeiro ano de mandato.

VAI PARA FRENTE?

Virada essa página, resta agora saber quais são as outras medidas que podem – e deveriam – fazer o país andar para frente. Sim…porque afinal de contas, será a mera reforma da Previdência que irá acabar com os 14 milhões de desempregados? Será a mera reforma que irá propiciar novos investimentos no país? Será a reforma que irá acabar com as picuinhas oriundas do próprio governo, a maioria relacionada à gana de poder da família do presidente?

CONTENDA INIMAGINÁVEL

Pois é! Enquanto o Congresso se debatia em relação à previdência, o papai Bolsonaro e seus filhos – Flávio, Eduardo e Carlos – resolveram se engalfinhar com a direção de seu próprio partido, o PSL, numa contenda inimaginável e sem escrúpulos de todas as partes envolvidas.
Quase todas elas, aliás, mais preocupadas com o destino do dinheiro do Fundo Partidário ao que o PSL tem direito.

A HORA CERTA

Não seria o momento ideal para voltarmos a debater a tão necessária reforma eleitoral? Obrigação de filiação partidária, Fundo Partidário, custeio da eleição pelo governo, voto proporcional, voto distrital, limite de reeleições, cotas de gênero, enfim, são tantos assuntos que esse país deveria resolver para melhorar sua classe política e, simplesmente não se discute.

O QUE VEM AGORA

Lá da Ásia, onde faz visita oficial a países como o Japão e a China, Bolsonaro manifestou sua satisfação pela aprovação da reforma da Previdência e, ao ser questionado sobre o que vem agora, disse que são duas as reformas com as quais o governo deve se preocupar: a reforma administrativa (que mexe com a máquina do governo) e a reforma tributária (que mexe com impostos e taxas).

NÃO IA FAZER?

O presidente também antecipou que, por ser mais fácil, talvez pela ordem se discuta inicialmente a reforma administrativa. E assim vai: por ser mais fácil!
Quer dizer que reforma tributária, tão reclamada pela classe empresarial e industrial do país, aquela mesma que não está investindo lhufas por não acreditar nos governos, pode ficar para depois; porque é melhor mexer na estrutura do governo, o que deveria ser feito logo no início de seu mandato, como aliás prometeu durante a campanha. Ou não?
O presidente eleito não ia acabar com ministérios, com o excesso de funcionários e blá-blá-blá?

NEM DE LONGE

Ao citar as reformas administrativa e tributária, Bolsonaro nem de longe deixou transparecer que seu governo irá ainda discutir a mais do que necessária reforma política. Para quê?!
Por que, cargas d´água, ele irá mexer num mecanismo que permitiu sua eleição para presidente, que permitirá sua reeleição daqui a três anos; que ajudou a eleger seus três filhos (senador, deputado federal e vereador no Rio de Janeiro)?
Por que mexer nisso?

FECHAR, PARA REFORMAR

O mapa do país deveria ter aquela plaquinha de “fechado para reforma” afixada por todo o seu território.
Mas, no Brasil, sabe-se muito bem que as reformas, quando se iniciam, quase nunca terminam.
Então, para que alimentar as esperanças?