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Governo de SP adia retomada das aulas presenciais para 7 de outubro

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Rossieli Soares (à esq.) observa o governador Doria fazer o anúncio do adiamento (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Inicialmente previsto para serem retomadas a partir do próximo dia 8 de setembro, as aulas presenciais na rede de ensino em todo o Estado de São Paulo deverão voltar somente um mês depois, em 7 de outubro. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) na sexta-feira, 7, em entrevista concedida no Palácio dos Bandierantes, na Capital.
“A volta gradual e responsável das atividades escolares é fundamental, principalmente para as crianças das camadas mais desfavorecidas da sociedade. O retorno é importante não somente pelo aspecto educacional, mas também pela questão social e da segurança alimentar”, afirmou o governador.
Apesar da afirmação, o governador justificou que a data teve de ser adiada por recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus, tendo em vista que, apesar de 86% da população do Estado já se encontrar na fase amarela, dificilmente no próximo ciclo de 14 dias todo o Estado estará, já que há regiões que continuavam na fase vermelha até aquela sexta-feira. De acordo com o Plano São Paulo, para que a previsão ainda se concretize, é necessário que o Estado esteja por 28 dias na fase amarela.
O governo reconheceu, no entanto, as dificuldades de todo o sistema em manter a suspensão das aulas, apontando uma pesquisa elaborada pelo Datafolha demonstrando que 75% dos estudantes das escolas estaduais de São Paulo declararam tristeza, ansiedade ou irritação neste período.
Outro estudo apontado pelo governo paulista veio da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmando que a paralisação das aulas presenciais gera uma “catástrofe geracional que pode desperdiçar um potencial humano incalculável, minar décadas de progresso e acentuar desigualdades”.
“Proteger vidas, cuidar dos nossos estudantes e profissionais é a coisa mais importante que precisamos fazer nesse tempo de pandemia. Essa tem que ser a premissa fundamental que tem nos guiado e vai continuar nos guiando”, reforçou o secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares.

ATIVIDADES OPCIONAIS EM SETEMBRO

Segundo a programação do governo do Estado, a partir do dia 8 de setembro as escolas localizadas em regiões na fase amarela serão autorizadas a receber os alunos para aulas de reforço, recuperação e atividades opcionais. Para isso, as regiões também terão de obedecer ao critério de estar há pelo menos 28 dias na fase amarela.
Além disso, as escolas também terão de respeitar o limite máximo de alunos nas unidades e os protocolos sanitários. Nesta primeira etapa, na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, apenas até 35% dos alunos deverão ser atendidos em atividades presenciais. Para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, o limite máximo de alunos é de 20%.
Cada escola poderá optar pela reabertura regionalizada a partir de um processo de consulta com envolvimento da comunidade escolar – pais e responsáveis, estudantes e educadores.
Se a escola optar pela reabertura, os professores que tiverem interesse poderão realizar atividades com poucos alunos. Apenas participariam os estudantes que tiverem anuência dos responsáveis, sendo que aqueles que fazem parte do grupo de risco deverão permanecer em casa. Do mesmo modo, profissionais da educação do grupo de risco continuam trabalhando remotamente.
Este período de setembro até outubro, quando deve ráocorrer a provável retomada das aulas, deverá ser aproveitado pelas escolas que optarem pela reabertura para atividades como plantão de dúvidas, atividades esportivas, tutoria, aulas em laboratórios de informática e ciências, entre outras ações ligadas ao reforço e à recuperação do que já foi ministrado. Novos conteúdos curriculares só poderão ser aplicados a partir do dia 7 de outubro.