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Palhaços questionam masculinidade frágil entre amigos em única apresentação em Osasco

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Foto: Lailton de Souza

Em projeto contemplado pelo edital ProAC 47/2022 da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do governo de São Paulo, a peça “Hologramas com H”, da Cia. Tempos-juncos, chega a Osasco para única apresentação neste sábado, 1º de julho, no Teatro Nivaldo Santana, da Escola de Artes Cesar Antônio Salvi.
A questão da masculinidade frágil, resultado das pressões impostas aos homens pela sociedade patriarcal, é tema do espetáculo de palhaços que questiona a dificuldade dos homens em se expressar de forma não-violenta. Segundo a ONU Mulheres, em pesquisa de 2016, 67% dos homens queriam falar sobre seus medos e dúvidas com seus melhores amigos, mas não o faziam; e 45,5% gostariam de se expressar de um jeito menos agressivo, mas não sabiam como.
“Para nós, essa questão é, ao mesmo tempo, individual e social. Ao falar sobre esse tema, queremos levantar uma reflexão para que os homens se aceitem em suas diferentes masculinidades, sofrendo menos e causando menos danos a eles próprios, às mulheres e à população como um todo. Quando os dois palhaços expõem suas humanidades e existem em meio às situações diversas, propomos ao público que repense suas condutas”, revela o diretor Carlos Gardênio, que está em cena ao lado do ator Fernando Hideki.
Na trama, dois palhaços extravasam seus sentimentos através da bebida e de comportamentos nocivos (frieza, violência, disputa de ego etc.), a ponto de não conseguirem se abraçar amigavelmente. Gardênio abre seu bar todos os dias num cenário já conhecido: homens e bebedeiras. Até que um dia, seu amigo Bromélio aparece com uma decepção amorosa. Gardênio tenta consolar esse problema tão recorrente com sua fórmula mágica: bebida, jogos e diversão. Eis que surge um holograma com H, uma figura do homem ideal, e coloca a “masculinidade” deles em jogo.
A classificação etária da peça de 70 minutos é para maiores de 18 anos e, neste sábado, 1º/7, terá única apresentação às 20 horas. A entrada é gratuita e o teatro da Escola de Artes fica na rua Tenente Avelar Pires de Azevedo, 360, Centro de Osasco.

Personagens propõem que o público “repense suas condutas” – Foto: Lailton de Souza