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Brasil encerra 2023 com nova derrota para a Argentina e recordes negativos

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A seleção brasileira (uniforme amarelo) não se encontrou mais uma vez nas eliminatórias e sofreu para a Argentina a primeira derrota como mandante na história da competição continental - Foto: Staff Images/CBF/Fotos Públicas

A temporada 2023 para a seleção brasileira masculina de futebol chegou ao fim na noite de terça-feira, 22 de novembro, com a terceira derrota consecutiva pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 e alguns recordes negativos, entre os quais a quebra da invencibilidade como anfitrião na trajetória desta competição, após 64 duelos; e o fim da regalia de ser até então o único da América do Sul que jamais perdera em seus redutos nas etapas qualificatórias. A proeza de causar esses estragos coube à Argentina, atual tricampeã mundial e que, com seu 1×0 arrancado no estádio do Maracanã, se manteve líder do bloco, com 15 pontos ganhos.
Aos gritos de “olé” e “time sem vergonha” em protesto contra o que torcedores viam em campo, o time treinado pelo interino Fernando Diniz terminou o clássico com um jogador a menos e emendou a série de vacilos aos quais se somam as derrotas por 2×1, na Colômbia, amargada de virada na quinta-feira, 16/11; e, no jogo anterior, em outubro, quando tomou em Montevidéu 2×0 do Uruguai. A Colômbia, por seu turno, quebrou um tabu de nunca ter derrotado o escrete canarinho no torneio continental.
O regulamento das eliminatórias asseguram vaga direta para 2026 aos seis mais bem classificados após os dois turnos e repescagem para o 7º. Com os demais resultados válidos pela 6ª rodada, a equipe nacional caiu justamente para o 6º lugar na tábua de classificação, com 7 pontos ganhos. Ficou atrás, por exemplo, do Equador (5º, 8 pontos) e a Venezuela (4ª, 9). Os colombianos aparecem em 3º, com 12, e a Celeste Olímpica figura como vice-líder, com 13 (ver quadros).
A primeira derrota em eliminatórias em casa também representou o quarto duelo consecutivo em jejum contra os albicelestes. A Argentina venceu três por 1×0 e segurou o empate em branco em outro; desta sequência, só o confronto em 19/11/ 19, na Arábia Saudita, teve caráter amistoso, o 0x0 em Buenos Aires movimentou as eliminatórias 2022 e as duas demais quedas ocorreram no Maracanã, incluindo a final da Copa América 2021.
Diniz assumiu em setembro na estreia das atuais eliminatórias goleando a Bolívia por 5×1, e estaria “esquentando o banco” para Carlo Ancelotti, técnico do Milan, apalavrado com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir o cargo em julho de 2024. Com o interino, a seleção sofreu 6 gols em igual número de jogos, contra 5 que as defesas armadas por Tite levavaram em toda a eliminatória 2022. O saldo brasileiro também não inspira elogios em 2023, iniciado sob a batuta de Ramon Menezes: em 9 contendas, a maioria, 5 registram derrotas (25/03, Marrocos 2×1 Brasil; 17/06, Brasil 4×1 Guiné; 20/06, Brasil 2×4 Senegal; 08/09, Brasil 5×1 Bolívia; 12/09, Peru 0x1 Brasil; 12/10, Brasil 1×1 Venezuela; 17/10, Uruguai 2×0 Brasil; 16/11 Colômbia 2×1 Brasil; e 21/11, Brasil 1×0 Argentina).
A seleção brasileira voltará a atuar em busca da vaga para 2026 apenas em 5/9/24, como mandante, contra o Equador, em local a ser ainda divulgado pela CBF. Antes, deverá ir a Wembley encarar a Inglaterra em partida amistosa, em 23 de março, e entre 20 de junho e 14 de julho disputará a Copa América, nos Estados Unidos da América.

Classificação das eliminatórias Sul-americanas
(Após 6 rodadas concluídas)

Pos. Seleção PG

1 Argentina 15
2 Uruguai 13
3 Colômbia 12
4 Venezuela 09
5 Equador 08
6 Brasil 07
7 Paraguai 05
8 Chile 05
9 Bolívia 03
10 Peru 02