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FPF convoca videoconferências para decidir rumos dos campeonatos estaduais

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Santos (branco) e Palmeiras, além de Corinthians e São Paulo, não têm contratos sendo encerrados em curto prazo em seus elencos

Reuniões virtuais entre a entidade e 48 clubes ocorrem no momento em que começam a expirar os contratos da maioria dos jogadores e presidente garante: competições serão decididas em campo

Por Marcelino Lima

O Campeonato Paulista da Série A1, o Paulistão 2020, deveria começar a ser decidido neste domingo, 19/4, data prevista na tabela da Federação Paulista de Futebol (FPF) para a disputa da primeira partida da final. Paralisado em virtude da pandemia do coronavírus (Covid-19) desde 16 de março, quando ainda faltavam duas rodadas para o término da fase de classificação, entretanto, até a quinta-feira, 16, ainda não havia previsão para o retorno da competição e, caso a bola volte a rolar, como será essa sequência.
Para começar a debater justamente estas preocupações, a entidade — que por meio do seu presidente Reinaldo Bastos tem concedido entrevistas garantindo que o Paulistão 2020 “será retomado e finalizado em campo, assim que as autoridades de saúde municipais, estadual e federal permitirem, seguindo todos os protocolos e prazos estabelecidos” – convocara para a tarde de quarta-feira, 15, uma videoconferência com representantes dos 16 clubes da elite. As reuniões virtuais, com a mesma pauta sobre a mesa, também estavam marcadas com as equipes das Séries A2 (quinta-feira, 16) e A3 (nesta sexta-feira, 17).
A chamada para as videoconferências coincidem com o momento em que a maioria dos clubes, nas três divisões, já vive o drama de ver as equipes que vinham mandando a campo começarem a se dissolver devido ao término do contrato com seus jogadores. Um levantamento publicado no site do Globo Esporte em 8 de abril trouxe uma radiografia dos 16 clubes da elite indicando que a aflição, neste quesito, assombra com maior intensidade justamente o Santo André, que vinha promovendo a melhor campanha da temporada e liderava a Série A1, empatado com o Palmeiras no grupo B. com 19 pontos ganhos, mas em vantagem nos critérios de desempate. No “Ramalhão”, nada menos que 19 de 21 vínculos terminariam entre os dias 7 e 10 e restariam ativos apenas os do lateral esquerdo Marlon (22/4) e o do meia Rondinelly (30/4).
A ameaça de desintegração dos elencos antes da retomada do Paulistão atingia quando a pesquisa foi publicada, com exceção do “quarteto de ferro”, 34,2% dos 333 jogadores inscritos na lista principal pelos demais 12 participantes. Depois do Santo André, a lista aponta sinal amarelo piscando com mais intensidade em Diadema e Limeira, sedes do Água Santa (20 contratos na berlinda, até o final de abril) e a Internacional (17); ao passo que Corinthians (que estava em campanha pelo tetra), Palmeiras e São Paulo, além do Santos apresentam folhas sem baixas previstas em curto prazo.
Representante da região no torneio, o Oeste só não teria conseguido segurar o lateral Rael em Barueri, cujo compromisso com o Rubrão expiraria em 1º de abril, de acordo com o levantamento do GE.

GRÊMIOS OSASCO
Um dos 16 clubes que disputam a Série A2, o Grêmio Osasco Audax confirmou participação na videoconferência que seria promovida com a FPF na quinta-feira, 16, e por meio de seu diretor de Esportes, Cristian Mendes, afirmou à reportagem do Página Zero que apenas três jogadores do atual grupo de 26 (que inclui atletas da base do clube), têm contratos de emprego até 30/4. “Atualmente, 90% dos nossos jogadores possuem contratos mais longos e apenas estes três, com os quais já estamos negociando, estão para acabar. Vamos aguardar o que será deliberado na videoconferência, mas estamos tranquilos”, disse.
O Grêmio Osasco Audax, quando a pandemia do coronavírus parou a Série A2, era o 10º colocado, com 15 pontos ganhos, a três rodadas do término da fase de classificação; com 22 pontos, o São Bernardo ocupava a ponta da tabela. Neste sábado, 18, começaria a decisão.
A reportagem não conseguiu contato com porta-voz do Grêmio Esportivo Osasco (GEO), que representa a cidade na Série A3, cujas finais estão programadas para 10 e 17 de maio. O torneio da Terceira Divisão está suspenso desde 25 de março, quando deveria ser promovida a 13ª das quinze rodadas iniciais. O GEO era o 13º, com 12 pontos e à frente do pelotão seguia o Noroeste, com 26.